segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Papa Francisco

Ao serviço do bem comum

· À União cristã de empresários dirigentes o Papa recorda que a economia deve ser orientada em sentido evangélico e que é preciso garantir a mulheres e jovens mais tutelas laborais ·

A necessidade de «orientar a actividade económica em sentido evangélico, ou seja, ao serviço da pessoa e do bem comum» foi reafirmada pelo Papa Francisco na manhã de sábado, 31 de Outubro, na audiência aos sócios da União cristã de empresários dirigentes (Ucid).
Ao receber os empresários católicos «que se propõem ser artífices do progresso», o Pontífice frisou a importância da «formação cristã», exortando a Ucid «a ser fermento e estímulo, com a palavra e o exemplo, no mundo da empresa».
Francisco disse estar convicto de que «a empresa e o cargo de chefia das empresas podem tornar-se lugares de santificação, mediante o compromisso por construir relações fraternas, favorecendo a co-responsabilidade e a colaboração». E pediu «uma atenção especial pela qualidade da vida laboral dos empregados, o recurso mais precioso de uma empresa». Em particular o Papa desejou que seja favorecida «a harmonização entre trabalho e família» e com o pensamento dirigido sobretudo às trabalhadoras, afirmou que «o desafio consiste em tutelar quer o seu direito a um trabalho plenamente reconhecido quer a sua vocação à maternidade e à presença na família». Sobre este tema acrescentou ao texto preparado mais uma consideração: «Quantas vezes – explicou – ouvimos que uma mulher diz ao chefe: “Tenho que lhe anunciar que estou grávida” – “A partir do fim do mês vais embora”». Ao contrário «a mulher deve ser preservada, ajudada neste trabalho duplo: o direito de trabalhar e o direito da maternidade».
Outra responsabilidade das empresas recordada pelo Pontífice é «a defesa e cuidado da criação». Além disso, «a chamada a ser missionários da dimensão social do Evangelho no mundo da economia comporta também uma abertura e uma proximidade evangélica às situações de pobreza e fragilidade». E sobre este aspecto Francisco frisou que «não é suficiente dar assistência», nem sequer «um pouco de beneficência», mas é necessário ir além, cooperando «para fazer crescer o espírito empresarial de subsidiariedade, para juntos fazer face aos desafios éticos e de mercado, sendo o primeiro de todos criar boas oportunidades de trabalho». E aqui voltou a pôr de lado o discurso para falar do desemprego juvenil. «Sede criativos – recomendou – em criar oportunidades que vão em frente e que dão trabalho, porque quem não tem trabalho não leva para casa o pão» e perde a dignidade.
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