terça-feira, 15 de setembro de 2015

«Eis aí a tua mãe»



Comentário do dia:


A gloriosa Virgem Maria pagou o nosso resgate como mulher corajosa, com amor de compaixão por Cristo. Diz o Evangelho de São João: «A mulher, quando está para dar à luz, sente angústia, porque chegou a sua hora» (16,21). A bem-aventurada Virgem Maria não experimentou as dores que precedem o parto, porque não concebeu em pecado, como Eva, contra quem foi pronunciada aquela maldição; a sua dor veio-lhe depois: Ela deu à luz na cruz. As outras mulheres conhecem a dor corporal, Ela experimentou a dor do coração. As outras sofrem uma alteração física, Ela sofreu a compaixão e a caridade.

A bem-aventurada Virgem Maria pagou o nosso resgate como mulher corajosa, com amor de misericórdia pelo mundo, e sobretudo pelo povo cristão: «Pode a mãe esquecer-se do seu filhinho, pode deixar de ter amor pelo filho das suas entranhas?» (Is 49,15) Isto pode ajudar-nos a compreender que todo o povo cristão saiu das entranhas da Virgem gloriosa. Que Mãe a nossa! Imitemo-la e sigamo-la no seu amor. Ela sentiu uma tal compaixão pelas almas, que teve em nada qualquer perda material e qualquer sofrimento físico. «Fomos resgatados a alto preço!» (1Cor 6,20)

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Os sete dons do Espírito Santo

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