O blog é aberto a todas as pessoas interessadas em colaborarem no sentido da divulgação da Palavra de Deus, de forma não sectária e com respeito a todas as religiões, conforme as leis vigentes no país.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
A Boa-Nova
Comentário do dia:
«Ele ungiu-Me para anunciar a Boa-Nova»
Diz o Concílio Vaticano II: «Pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, os baptizados são consagrados para serem uma morada espiritual». O Espírito Santo «unge» o baptizado, imprime-lhe a Sua marca indelével (cf 2Cor 1,21-22) e faz dele templo espiritual, isto é, enche-o com a santa presença de Deus, graças à união e à conformação com Jesus Cristo. Com esta «unção» espiritual, o cristão pode, por sua vez, repetir as palavras de Jesus: «O Espírito do Senhor está sobre Mim: por isso, Me ungiu». […]
«A missão de Cristo — Sacerdote, Profeta-Mestre, Rei — continua na Igreja. Todo o Povo de Deus participa nesta tríplice missão.» […] Os fiéis leigos participam no múnus sacerdotal pelo qual Jesus Se ofereceu a Si mesmo sobre a Cruz e continuamente Se oferece na celebração da Eucaristia. […] «Todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos no Espírito, e as próprias incomodidades da vida, […] se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cf 1Ped 2,5); sacrifícios estes que são piedosamente oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia» (LG, 34). […]
A participação no múnus profético de Cristo […] habilita e empenha os fiéis leigos a aceitar, na fé, o evangelho e a anunciá-lo com a palavra e com as obras. […] Vivem a realeza cristã, sobretudo no combate espiritual para vencerem dentro de si o reino do pecado (cf Rom 6,12) e depois, mediante o dom de si, para servirem […] o próprio Jesus presente em todos os seus irmãos, sobretudo nos mais pequeninos (cf Mt 25,40). Mas os fiéis leigos são chamados de forma particular a restituir à criação todo o seu valor originário. Ao ordenar as coisas criadas para o verdadeiro bem do homem, com uma acção animada pela vida da graça, os fiéis leigos participam no exercício do poder com que Jesus Ressuscitado atrai a Si todas as coisas e as submete, com Ele mesmo, ao Pai, de forma que Deus seja tudo em todos (cf 1Cor 15,28; Jo 12,32).
São João Paulo II (1920-2005), papa
Exortação apostólica «Christifideles laici / Os fiéis leigos», §§ 13-14
Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura.
Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos,
a proclamar o ano da graça do Senhor».
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.
Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?».
Jesus disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum».
E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra.
Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia.
Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã».
Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga.
Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo.
Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Livro de Salmos 96(95),1.3.4-5.11-12.13.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
O Senhor é grande e digno de louvor,
mais temível que todos os deuses.
Os deuses dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores dos bosques.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.
1ª Carta aos Tessalonicenses 4,13-18.
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer, segundo a palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Santo do dia
Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : S. Raimundo Nonato, presbítero, +1240
Ingressou, com 24 anos, na Ordem dos Mercedários, destinada ao resgate de cativos. Ofereceu-se voluntariamente para ficar escravo entre os mouros, a fim de permitir a libertação de um católico que estava periclitando na fé. Visava também exercer seu ministério entre os demais pobres cativos e, mais ainda, pregar a Religião católica aos próprios maometanos. Para impedi-lo de pregar, os mouros furaram-lhe os lábios com um ferro quente, e mantinham sua boca fechada com um cadeado. Passou oito meses prisioneiro, sofrendo atrozmente. Depois de libertado, foi nomeado cardeal, em reconhecimento pelos seus méritos. Faleceu com apenas 36 anos. Recebeu o nome de Nonato (do latim "non natus", isto é, não nascido) porque sua mãe morreu antes de dá-lo à luz e ele precisou ser extraído do corpo já inerte da mãe. É por isso invocado como padroeiro das parturientes e das parteiras.
Santo do dia : S. Raimundo Nonato, presbítero, +1240
Ingressou, com 24 anos, na Ordem dos Mercedários, destinada ao resgate de cativos. Ofereceu-se voluntariamente para ficar escravo entre os mouros, a fim de permitir a libertação de um católico que estava periclitando na fé. Visava também exercer seu ministério entre os demais pobres cativos e, mais ainda, pregar a Religião católica aos próprios maometanos. Para impedi-lo de pregar, os mouros furaram-lhe os lábios com um ferro quente, e mantinham sua boca fechada com um cadeado. Passou oito meses prisioneiro, sofrendo atrozmente. Depois de libertado, foi nomeado cardeal, em reconhecimento pelos seus méritos. Faleceu com apenas 36 anos. Recebeu o nome de Nonato (do latim "non natus", isto é, não nascido) porque sua mãe morreu antes de dá-lo à luz e ele precisou ser extraído do corpo já inerte da mãe. É por isso invocado como padroeiro das parturientes e das parteiras.
domingo, 30 de agosto de 2015
A vida interior
Comentário do dia:
«O seu coração está longe de Mim»
A vida interior é primordial. A vida activa é uma consequência da vida interior, e só tem valor se dela depender. Queremos fazer tudo o melhor possível, com perfeição. Mas, se o que fazemos não estiver ligado à vida interior, de nada serve. O valor da nossa vida e da nossa actividade releva por completo da vida interior, da vida de amor a Deus e à Virgem Maria, a Imaculada; não de teorias e doçuras, mas da prática de um amor que consiste na união da nossa vontade com a vontade da Imaculada.
Antes de tudo e sobretudo, devemos aprofundar esta vida interior. Tratando-se de uma vida espiritual, é necessário accionar os meios sobrenaturais. A oração, a oração e apenas a oração é necessária para manter e fazer desabrochar a vida interior; o recolhimento interior é imprescindível.
Não nos preocupemos com coisas desnecessárias, antes procuremos, em paz e com suavidade, manter o recolhimento de espírito e estar preparados para a graça de Deus. É isso que o silêncio nos ajuda a conseguir.
São Maximiliano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir
Escritos espirituais inéditos
«O seu coração está longe de Mim»
A vida interior é primordial. A vida activa é uma consequência da vida interior, e só tem valor se dela depender. Queremos fazer tudo o melhor possível, com perfeição. Mas, se o que fazemos não estiver ligado à vida interior, de nada serve. O valor da nossa vida e da nossa actividade releva por completo da vida interior, da vida de amor a Deus e à Virgem Maria, a Imaculada; não de teorias e doçuras, mas da prática de um amor que consiste na união da nossa vontade com a vontade da Imaculada.
Antes de tudo e sobretudo, devemos aprofundar esta vida interior. Tratando-se de uma vida espiritual, é necessário accionar os meios sobrenaturais. A oração, a oração e apenas a oração é necessária para manter e fazer desabrochar a vida interior; o recolhimento interior é imprescindível.
Não nos preocupemos com coisas desnecessárias, antes procuremos, em paz e com suavidade, manter o recolhimento de espírito e estar preparados para a graça de Deus. É isso que o silêncio nos ajuda a conseguir.
São Maximiliano Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir
Escritos espirituais inéditos
A Lei de Deus
Vigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
A liturgia do 22º Domingo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a "Lei". Deus quer a realização e a vida plena para o homem e, nesse sentido, propõe-lhe a sua "Lei". A "Lei" de Deus indica ao homem o caminho a seguir. Contudo, esse caminho não se esgota num mero cumprimento de ritos ou de práticas vazias de significado, mas num processo de conversão que leve o homem a comprometer-se cada vez mais com o amor a Deus e aos irmãos.
A primeira leitura garante-nos que as "leis" e preceitos de Deus são um caminho seguro para a felicidade e para a vida em plenitude. Por isso, o autor dessa catequese recomenda insistentemente ao seu Povo que acolha a Palavra de Deus e se deixe guiar por ela.
No Evangelho, Jesus denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da "lei" um valor absoluto, esquecendo que a "lei" é apenas um caminho para chegar a um compromisso efectivo com o projecto de Deus. Na perspectiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das "leis", mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.
A segunda leitura convida os crentes a escutarem e acolherem a Palavra de Deus; mas avisa que essa Palavra, escutada e acolhida no coração, tem de tornar-se um compromisso de amor, de partilha, de solidariedade com o mundo e com os homens.
cf.www.ecclesia.pt
A liturgia do 22º Domingo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a "Lei". Deus quer a realização e a vida plena para o homem e, nesse sentido, propõe-lhe a sua "Lei". A "Lei" de Deus indica ao homem o caminho a seguir. Contudo, esse caminho não se esgota num mero cumprimento de ritos ou de práticas vazias de significado, mas num processo de conversão que leve o homem a comprometer-se cada vez mais com o amor a Deus e aos irmãos.
A primeira leitura garante-nos que as "leis" e preceitos de Deus são um caminho seguro para a felicidade e para a vida em plenitude. Por isso, o autor dessa catequese recomenda insistentemente ao seu Povo que acolha a Palavra de Deus e se deixe guiar por ela.
No Evangelho, Jesus denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da "lei" um valor absoluto, esquecendo que a "lei" é apenas um caminho para chegar a um compromisso efectivo com o projecto de Deus. Na perspectiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das "leis", mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos.
A segunda leitura convida os crentes a escutarem e acolherem a Palavra de Deus; mas avisa que essa Palavra, escutada e acolhida no coração, tem de tornar-se um compromisso de amor, de partilha, de solidariedade com o mundo e com os homens.
cf.www.ecclesia.pt
Evangelho segundo S. Marcos 7,1-8.14-15.21-23.
Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém.
Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar.
Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos.
Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?».
Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.
É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’.
Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens».
Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão e começou a dizer-lhe: «Escutai-Me e procurai compreender.
Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro;
porque do interior do homem é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios,
adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez.
Todos estes vícios saem do interior do homem, e são eles que o tornam impuro».
Carta de S. Tiago 1,17-18.21b-22.27.
Caríssimos irmãos: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança.
Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas.
Acolhei docilmente a palavra em vós plantada, que pode salvar as vossas almas.
Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos.
A religião pura e sem mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo.
Livro de Salmos 15(14),2-3a.3cd-4ab.4-5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante;
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor.
O que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo,
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.
Livro de Deuteronómio 4,1-2.6-8.
Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora escuta, Israel, as leis e os preceitos que vos dou a conhecer e ponde-os em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus de vossos pais.
Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vo-los prescrevo.
Observai-os e ponde-os em prática: eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos, que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e tão prudente é esta grande nação!’.
Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos?
E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento?».
Santo do dia
Domingo, dia 30 de Agosto de 2015
22º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Festa da Igreja : Vigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
Santo do dia : Santa Joana Jugan, religiosa, +1879, Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I, Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943 São Félix e Santo Adauto
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Santa Joana Jugan, religiosa, +1879
Joana Jugan lembra a misericórdia de Deus para com os pobres. Fundadora das Irmãzinhas dos Pobres, em 1830, foi beatificada por João Paulo II, no dia 3 de outubro de 1982. Natural da França, nasceu em 1792 e morreu em 1879. Durante toda sua vida, ela procurou identificar-se totalmente com os pobres e necessitados. Por ocasião de sua beatificação, João Paulo II afirmou:
"Na nossa época, o orgulho, a busca da eficiência e a tentação dos meios poderosos dominam facilmente o mundo e por vezes, infelizmente, a Igreja. Criam obstáculos à implantação do reino de Deus. Por isso a fisionomia espiritual de Joana é capaz de atrair os discípulos de Cristo e de lhes encher os corações de simplicidade e humildade, de esperança e de alegria evangélica, vindas de Deus e do esquecimento próprio" (apud J. Leite, op. cit., vol. II, p. 524).
Por ocasião de sua morte, havia cerca de 2.400 Irmãzinhas dos Pobres dedicadas ao serviço dos excluídos e a congregação espalhara-se por mais de dez países. Actualmente as irmãzinhas encontram-se presentes em mais de 30 nações, nos cinco continentes, e são cerca de 5 mil religiosas no mundo inteiro.
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Santa Tecla, virgem, mártir, séc. I
Santa Tecla
Tecla nasceu pelos anos 30 depois de Cristo em Ícone, cidade da actual Turquia. Reza a história que seus pais eram ricos e devassos. Tecla tinha desprezo pelo modo de vida de seus pais. Na busca de uma vida mais sã e culta dedicou-se ao estudo de Literatura e Belas Artes. Aos 18 anos encontrou o Apóstolo Paulo seguindo-o no seu apostolado. Após a morte de Paulo continuou com a sua missão de defesa dos pobres, dos escravos e na fundação de comunidades cristãs. Faleceu com cerca de 90 anos sendo considerada a primeira mulher mártir.
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Beato Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943
image Saber mais sobre os Santos do dia
Humberto van Lieshout nasceu em Aarle Rixtel, Holanda, em 3 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se como rapaz generoso e piedoso.
Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário S. Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da Ilha de Molokai. Quis imitá-lo e por isso conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais.
No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando pelo bom êxito do seu apostolado.
Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou fama de caridoso e santo. Foi condecorado "Cavaleiro da Coroa" pelo Rei Alberto da Bélgica, pelo seu trabalho junto aos refugiados belgas.
Em 1925, finalmente, viu completar-se seu ideal vindo ao Brasil como missionário, com mais dois companheiros. O então bispo de Uberaba, Dom Antônio de Almeida Lustosa, convidou sua congregação para vir para a sua diocese. Foi assim fundada a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil em Água Suja, MG, onde assumiram o Santuário de Nossa Senhora da Abadia.
Em 1926 tornou-se vigário de três paróquias, com muitas capelas anexas. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. No começo custou-lhe ganhar a simpatia daquele povo desconfiado. Visitava os doentes nas choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia aos problemas familiares. Era pai, amigo, advogado e piedoso pastor das almas. Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou missões populares em todas as três paróquias. Iniciou a construção do novo Santuário, tão conhecido hoje por todo o povo do Triângulo Mineiro. Conquistou assim todo a região, e ganhou fama de santo e milagreiro.
Quando foi transferido para Poá, SP, o povo não permitiu a sua saída. Somente dois meses depois, quando as coisas acalmaram, ele pode assumir essa nova paróquia recém criada. Poá fazia parte da zona suburbana da capital de São Paulo e a maioria da sua população trabalhava nas fábricas e indústrias de São Miguel e São Paulo. Sendo vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, atendia várias outras paróquias vizinhas com seus dois padres coadjutores. Iniciou seu apostolado e as pregações em toda a região. Após uma viagem à Holanda e a Lourdes, na França, de onde trouxe não só muitos donativos mas também muita água da fonte milagrosa, erigiu ao lado da igreja uma imitação da gruta de Lourdes. Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome pelo estado e até Brasil afora...Passou a ser conhecido como o "Vigário de Poá". A notícia das curas do ‘santo’ Pe. Eustáquio fizeram afluir muita gente à sua procura. Milhares de pessoas se apinhavam nas ruas da pequena cidade de Poá, que não comportava tanto movimento de gente. A todos o bom padre procurava sempre atender ou dar sua bênção.
Em maio de 1941 a situação tornou-se insustentável e Pe. Eustáquio teve que ser transferido. Por onde passava as multidões acorriam e assim não conseguia mais descansar.
Após algumas transferências, foi empossado como vigário da Paróquia de São Domingos em Belo Horizonte, MG, em 7 de abril de 1942. Por ordem dos superiores, somente no confessionário podia atender os não-paroquianos, em número reduzido, em horários fixos. Assim podia conduzir o seu apostolado na paróquia como um vigário normalmente faria.
A pedido do bispo realizou inúmeras atividades em outras paróquias da capital mineira, como retiros, conferências e confissões; o mesmo aconteceu em outras cidades do interior. Era incansável no trabalho pastoral, e assim consumiu sua robustez física.
De repente a notícia alarmante: Pe. Eustáquio adoecera gravemente, picado por um carrapato perigoso, em suas andanças pelas vilas abandonadas de sua paróquia. Contraíra tifo exenquemático, mal para o qual não havia tratamento adequado naquele tempo. Diversas vezes havia predito sua morte próxima. Em julho de 1942, quando atendera uma senhora acamada havia anos e que pedia a Deus de ir para o céu, disse: "A senhora viverá, ainda, por muitos anos. Sou eu quem vou morrer no ano que vem".
Sofreu terrivelmente, mas aguardou a morte com calma e alegria. Dia 30 de agosto de 1943 sua bela alma descansou definitivamente na paz de Deus. Dia 31 foi decretado luto oficial no município de Belo Horizonte, e toda a cidade acorreu para o último adeus.
Durante cinco anos seu túmulo foi constantemente visitado por gente de todo o Brasil e em 1949 foi feita a exumação e trasladação para a sepultura definitiva na Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção ele mesmo iniciara em 13 de maio de 1943.
Foi beatificado por Bento XVI em 2006
sábado, 29 de agosto de 2015
O martírio do precursor de Jesus
Precursor do Senhor na sua vida e na sua morte
O Jordão, aterrado com a tua vinda na carne, ó Cristo, voltou para trás tremendo; cumprindo a sua tarefa espiritual, João fez-se pequeno no seu temor. O exército dos anjos estava tomado de espanto ao ver-Te no rio, a ser baptizado segundo a carne; o exército das trevas foi iluminado e nós Te cantamos, Senhor, a Ti que Te manifestas e iluminas o universo.
A memória do justo deve ser exaltada; mas a ti, João Precursor, bastou-te o testemunho do Senhor. Na realidade, tu és o mais venerável de todos os profetas, porque foste achado digno de baptizar nas águas Aquele que os outros profetas apenas tinham anunciado. Por isso, depois de teres lutado pela verdade, foste anunciar ao mundo dos mortos Deus aparecido na carne, Aquele que tira o pecado do mundo (Jo 1,29) e nos dá a sua imensa piedade.
O glorioso martírio do Precursor foi uma etapa na obra da salvação, uma vez que até na pátria dos mortos ele foi anunciar a vinda do Salvador. Que Herodíades gema agora, ela que reivindica este assassinato ímpio, porque o que ela amou não foi a lei de Deus nem a vida eterna, mas as ilusões que apenas duram um momento.
Comentário do dia:
Liturgia bizantina
Tropários e konkadion de S. João Baptista
Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa.
João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão».
Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia,
porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo, e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer.
Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia.
Entrou então a filha de Herodíades, que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei».
E fez este juramento: «Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino».
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista».
Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido.
E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João
e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe.
Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.
Livro de Salmos 71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.
Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.
Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protetor.
A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.
Livro de Jeremias 1,17-19.
Naqueles dias, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Cinge os teus rins e levanta-te, para ires dizer tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles, senão serei Eu que te farei temer a sua presença.
Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e uma muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus chefes, diante dos sacerdotes e do povo da terra.
Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te salvar».
São João Baptista
Sabado, dia 29 de Agosto de 2015
Martírio de S. João Baptista
A festa do martírio de São João Baptista remonta ao século V, na França; e ao século VI, em Roma. Está ligada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Jesus. O próprio Jesus apresenta-nos João Baptista:
Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: " eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Baptista, e, no entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele ..." (Mateus 11:2-11).
O martírio de João Baptista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.
Martírio de S. João Baptista
A festa do martírio de São João Baptista remonta ao século V, na França; e ao século VI, em Roma. Está ligada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Jesus. O próprio Jesus apresenta-nos João Baptista:
Ao partirem eles, começou Jesus a falar a respeito de João às multidões: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: " eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Baptista, e, no entanto, o menor no Reino dos céus é maior do que ele ..." (Mateus 11:2-11).
O martírio de João Baptista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Luz de Deus
«As nossas lâmpadas estão a apagar-se»
«As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.» O azeite designa aqui o esplendor da glória; as almotolias são os nossos corações, onde guardamos todos os nossos pensamentos. As virgens prudentes levam azeite nas almotolias, porque guardam na sua consciência todo o esplendor da sua glória, como diz São Paulo: «O que faz a nossa glória é o testemunho da nossa consciência» (2Cor 1,12). As virgens loucas, pelo contrário, não levam azeite consigo porque não guardam a sua glória no segredo do coração, isto é, fazem-na depender dos louvores dos outros.
«No meio da noite ouviu-se um brado: "Aí vem o esposo; ide ao seu encontro".» Todas as virgens se levantaram. Mas as candeias das virgens loucas apagaram-se, porque as suas obras, que de fora pareciam resplandecentes aos olhos dos homens, por dentro não eram mais do que trevas; e não receberam de Deus nenhuma recompensa, considerando que já tinham recebido dos homens os louvores que as satisfaziam.
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, 12
Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Livro de Salmos 97(96),1.2b.5-6.10.11-12.
O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.
O Senhor ama os que detestam o mal,
guarda as almas dos seus fiéis;
o Senhor protege os seus servos
e livra-os das mãos dos ímpios.
A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações retos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.
1ª Carta aos Tessalonicenses 4,1-8.
Irmãos: Eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus: Recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus, e assim estais procedendo. Mas continuai a progredir ainda mais,
pois conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus.
A vontade de Deus é que vos santifiqueis, que eviteis a imoralidade,
que saiba cada um de vós conservar o seu corpo em santidade e honra,
sem se deixar dominar pelas paixões, como os pagãos, que não conhecem a Deus.
Ninguém lese ou prejudique seu irmão nesta matéria, pois de tudo isto Se vinga o Senhor, como já vos temos dito e assegurado.
Porque Deus não nos chamou a viver na impureza, mas na santidade.
Portanto, quem rejeita estas instruções não rejeita um homem mas o próprio Deus, que vos dá o Espírito Santo.
Santo do dia
Sexta-feira, dia 28 de Agosto de 2015
Santo do dia : Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430
Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.
Aos 16 anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude, centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia.
Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387, com 33 e 15 anos de idade, respectivamente.
Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens, femininas e masculinas. Porém, o então bispo de Hipona decidiu que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto, ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.
Por 34 anos, Agostinho foi bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos 76 anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de 'Doutor da Igreja' e é celebrado no dia de sua morte.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=370#ixzz3k73e3Oj9
Santo do dia : Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430
Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos como santa Mônica, no dia 27 de agosto. Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz que "a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.
Aos 16 anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude, centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à filosofia.
Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora santo bispo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387, com 33 e 15 anos de idade, respectivamente.
Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos, fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens, femininas e masculinas. Porém, o então bispo de Hipona decidiu que "a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Para tanto, ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo bispo de Hipona.
Por 34 anos, Agostinho foi bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos 76 anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de 'Doutor da Igreja' e é celebrado no dia de sua morte.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=370#ixzz3k73e3Oj9
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
O uso correto da fé
A 25 de Agosto de 1900, em Weimar, morria na solidão e na loucura Frederich Nietzsche. Alguns anos antes, na autobiografia, intitulada de modo um pouco sacrílego «Ecce homo» ele perguntou-se: «Onde está Deus?». A resposta foi: «Gostaria de vos dizer: fomos nós que o matámos, vós e eu. Sim, os seus assassinos somos todos nós. Deus está morto. Deus está morto!».
Assim nascia a corrente de pensamento que, por mais de um século, foi conhecida como «a morte de Deus». Depois, o cientismo afirmou que só a ciência é capaz de revelar ao homem toda a verdade. Só a ciência é fundamento da sabedoria. Pode existir uma moral sem Deus.
Certamente, olhando para o mundo de hoje, não podemos deixar de nos surpreender ao constatar o retorno ao sagrado, ou melhor a uma determinada religiosidade porque se descarta qualquer ideia de revelação. Está-se em busca de uma sabedoria, mais do que de uma religião. Partilham-se as experiências espirituais sem a preocupação dos dogmas: believing without belonging.
Após o fim da unanimidade cultural, o desenvolvimento do pluralismo, o isolamento da religião na esfera privada, e o enfraquecimento dos valores e dos modelos, a religião tornou-se, em poucos anos, um factor fundamental da vida política, económica e cultural. Mas esta nova religiosidade, frequentemente panteísta e sincretista, traduz a necessidade de uma «transcendência» na qual as nossas perguntas fundamentais poderiam encontrar solução: qual é o sentido da vida e da história? Por que sofrer e morrer? O que podemos saber da origem e do fim do mundo, etc.? Isto faz com que a Nostra aetate afirme: «Os homens esperam das diversas religiões resposta para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, preocupam profundamente os seus corações: que é o homem? qual o sentido e a finalidade da vida? que é o pecado? donde provém o sofrimento, e para que serve? qual o caminho para alcançar a felicidade verdadeira? que é a morte, o juízo e a retribuição depois da morte? finalmente, que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual vimos e para onde vamos?» (n. 1). E o texto continua: «Desde os tempos mais remotos até aos nossos dias, encontra-se nos diversos povos certa percepção daquela força oculta presente no curso das coisas e acontecimentos humanos; encontra-se por vezes até o conhecimento da divindade suprema ou mesmo de Deus Pai» (n. 2).
Jean-Louis Tauran
Fonte: Osservatoreromano
Ferocidade iconoclata
Ei destrói um mosteiro católico na Síria
Militantes do chamado Estado islâmico (Ei) destruíram nas últimas horas o mosteiro católico sírio de Mar Elian em Qaryqatayn, nas proximidades de Homs, construído no quinto século. O próprio Ei, reiterando um esquema propagandista que desde sempre se acompanha à crueldade, divulgou um vídeo – na realidade uma série de fotografias – que mostra em primeiro lugar toda a profanação da igreja, seguida pela exumação da relíquia de santo Elian – martirizado pelos romanos em 285 – e portanto a destruição do edifício histórico. O mosteiro, considerado um dos centros católicos mais importantes da Síria, foi reconstruido em várias fases ao longo dos séculos e acolhia todos os anos a 9 de Setembro, por ocasião da memória litúrgica do santo, milhares de peregrinos.
O responsável do mosteiro, padre Jacques Mouraud, foi raptado no passado mês de maio, provavelmente pelo próprio Ei, e desde então dele não se tem notícias certas.
Este novo episódio confirma a fúria iconoclasta do grupo jihadista. Uma fúria que se manchou com o sangue de Khaled al Asaad, de oitenta e um anos, responsável por quarenta anos do sítio arqueológico de Palmira, sempre na Síria, um dos mais sugestivos do mundo. O Ei decapitou-o diante do museu que ele tinha dirigido por decénios e depois pendurou o seu cadáver numa coluna romana.
Fonte: Osservatoreromano
21 de Agosto de 2015
Para que nunca mais tenhamos sede
Recado
Que a paz esteja na sua casa
que ela seja um pedacinho do
Reino de Deus na Terra
Que no seu lar o amor
esteja presente, sem lugar
para o ódio e desarmonia
Que o alimento seja consumido
em comunhão com todos e
além do que for bebido
haja espaço para a água viva
que mata a sede do medo,
da desesperança e de tudo o
que há de ruim
A água que se bebe para
que nunca mais tenhamos
sede de justiça, paz e amor
E que nos garanta a vida eterna
Vigiai, pois não sabeis a hora! - Mt 24,42-51
Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. “Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem. Quem é o servo fiel e prudente, que o Senhor encarregou do pessoal da casa, para lhes dar alimento na hora certa? Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. O servo mau, porém, se pensar consigo mesmo: 'Meu senhor está demorando' e começar a bater nos companheiros e a comer e beber com os bêbados, então o senhor desse servo virá num dia inesperado e numa hora imprevista. Ele o excluirá e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes."
Comentário
É preciso estar sempre preparado
O evangelho de hoje é um apelo à vigilância. Trata-se de um trecho do discurso escatológico (Mt 24–25). É à luz do que é definitivo que a vida do fiel cristão deve ser vivida, iluminada e sustentada na esperança. A linguagem utilizada nesse tipo de discurso é a apocalíptica, cujo tom é dramático e, se não for bem compreendida, resulta até assustador. No entanto, sua finalidade é revelar o mistério da salvação de Deus e motivar um comportamento coerente com a fé professada. Ante a imprevisibilidade e o caráter decisivo da vinda do Filho do Homem, é preciso vigiar, não dormir, pois, assim como o ladrão entra inesperadamente na casa de alguém para roubá-la, do mesmo modo virá o Senhor, quando menos se espera (1Ts 5,2; 2Pd 3,10; Ap 3,3; 16,15). Dito de outra maneira, é preciso estar sempre preparado. A parábola dos versículos 45 a 51 explicita como deve ser essa preparação. A parábola apresenta dois casos típicos de cristãos: o primeiro é aquele que, sabendo do caráter inesperado da vinda do seu Senhor, permanece fiel ao que deve fazer; o segundo, sobre o qual a parábola insiste, é aquele que, na ausência de seu senhor e iludido quanto ao tempo de sua volta, se deixa levar por uma vida fácil e perde o senso da responsabilidade e de sua condição de servo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho#ixzz3k0bGIQb2
Santa Mônica
27 de Agosto - Santa Mônica
Viúva (332-287)
Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 332, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.
Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram com que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio de que ele profanasse o sacramento.
E teria acontecido, porque Agostinho, aos 16 anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".
Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.
Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado frequentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.
Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha 56 anos.
O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa é celebrada no dia de sua morte. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na Igreja de Santo Agostinho.
Uma de suas frases: "Nada está longe de Deus".
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo#ixzz3k0aJeuAN
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
As vontades do Senhor
Afastar-se do caminho da hipocrisia e do mal
Há duas vias para o ensino e para a acção: a da luz e a das trevas. A distância entre estas duas vias é grande. [...] A via das trevas é tortuosa e semeada de maldições. É o caminho da morte e do castigo eterno e nele se encontra tudo quanto pode arruinar uma vida: idolatria, arrogância, orgulho do poder, hipocrisia, duplicidade de coração, adultério, assassínio, roubo, vaidade, desobediência, fraude, malícia [...], cupidez, desprezo de Deus. Por aí vão os que perseguem as pessoas de bem, os inimigos da verdade [...], os que são indiferentes à viúva e ao órfão [...], os que não dão atenção ao indigente e esmagam o oprimido. [...]
Por isso, é justo instruir-se acerca das vontades do Senhor e caminhar de acordo com delas. O que assim agir será glorificado no Reino de Deus. Mas todo aquele que escolher o outro caminho morrerá com as suas obras. É por isso que há uma ressurreição e uma retribuição. A vós, portanto, dirijo um pedido: se estais rodeados de pessoas a quem fazer o bem, não deixeis de o fazer.
Comentário do dia:
Epístola dita de Barnabé (c. 130)
§20
Evangelho segundo S. Mateus 23,27-32.
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a podridão.
Assim sois vós também: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e ornamentais os túmulos dos justos;
e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas’.
Assim dais testemunho contra vós mesmos, confessando que sois os filhos daqueles que mataram os profetas.
Completai então a obra dos vossos pais».
Livro de Salmos 139(138),7-8.9-10.11-12ab.
Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito?
Onde evitarei a vossa presença?
Se subir ao céu, Vós lá estais;
se descer aos abismos, ali Vos encontrais.
Se voar nas asas da aurora,
se habitar nos confins do oceano,
mesmo ali a vossa mão me guiará
e a vossa direita me sustentará.
Se disser: «Talvez as trevas me hão-de ocultar
e a luz, em volta de mim, se fará noite»,
nem as trevas me ocultariam de ti
e a noite seria, para ti, brilhante como o dia.
A luz e as trevas seriam a mesma coisa!
1ª Carta aos Tessalonicenses 2,9-13.
Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras. Foi a trabalhar noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos pregámos o Evangelho de Deus.
Vós sois testemunhas, e Deus também, de como nos portámos de maneira justa, santa e irrepreensível em relação a vós, os crentes.
E bem sabeis que, como um pai trata os seus filhos,
exortámos, animámos e conjurámos cada um de vós a proceder de maneira digna de Deus, que vos chama ao seu reino e à sua glória.
Por isso, não cessamos de dar graças a Deus, porque, depois de terdes recebido a palavra de Deus por nós pregada, vós a acolhestes, não como palavra humana, mas como ela é realmente, palavra de Deus, que permanece ativa em vós, os crentes.
Santo do dia
Quarta-feira, dia 26 de Agosto de 2015
Quarta-feira da 21ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897, Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865
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Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897
image Saber mais sobre os Santos do dia
Mais uma santa fundadora de um instituto feminino florescente, pequenas irmãs dos anciãos abandonados, que em 1983 possuía 212 casas e 2.750 irmãs.
Nasceu Teresa em Aytona, na Catalunha em 9-1-1843. Passou a adolecência na terra natal e em Lérida, completando os estudos em Fraga, onde obteve o diploma de professora.
Depois de um tempo dedicado ao ensino, associou-se às terceiras carmelitas, reunidas por um seu tio sacerdote. Foi directora da escola, mas desejando maior perfeição entrou em 1868 para as clarissas, de onde saiu dois anos depois por causa de sua pouca saúde. Voltou para as terceiras carmelitas, assumindo de novo a direcção da escola. Quando da morte do tio (1872), a instituição esteve a ponto de dissolver-se, e Teresa voltou para cidade natal. No mesmo ano encontrou o Pe.Saturnino López Novoa, que tinha fundado uma congregação para a assistência de anciãos pobres e fez parte do 1º grupo de 28 companheiras com as quais se iniciou essa obra.
No ano seguinte abriam sua primeira casa em Valência. Em 1874, aprovado o instituto pelo bispo dessa cidade, fez a sua profissão temporária e fundou outra casa em Saragoza. Em 12 anos fundaram-se 47 casas para os velhos pobres. A congregação cresceu e foi aprovada pela Santa Sé. Expandiram-se em Cuba e por toda a América Latina. Mas tiveram de lutar contra outra congregação relilgiosa francesa, que queria a fusão com a obra de Teresa ou ao menos que sua obra mudasse de nome. Em 1882 chegou-se finalmente a um acordo.
Com saúde fraca, Teresa morreu ainda jovem em 1897, no dia 26 de Agosto. A congregação nunca se preocupou em mover a causa de beatificação da fundadora, que foi levada a termo por iniciativa da autoridade da Igreja.
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Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865
Nascida em Madrid, possuía o título de Viscondessa de Jorbalán e empregou toda a sua fortuna em obras de misericórdia. Fundou a Congregação das Senhoras Adoradoras e Escravas do Santíssimo Sacramento, destinada a acolher pecadoras públicas arrependidas. Estendeu sua obra a várias cidades espanholas. Morreu vitimada pela cólera, a que se expusera voluntariamente para ir assistir em Valência a suas filhas espirituais atingidas pela epidemia.
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26 de Agosto - São Zeferino
Papa, mártir (199-217)
O papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. E os únicos dados de sua vida registrados declaram que, depois do papa Vitor, de origem africana, clero e povo elegeram para a cátedra de Pedro um romano, Zeferino, filho de um certo Abôndio.
Zeferino foi o 14º papa a substituir são Pedro. Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias entre eles próprios, que abalavam a Igreja mais do que os próprios martírios. As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.
Mas o papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso, uniu-se aos grandes sábios da época, como santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial. Seu grande mérito foi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.
O papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs, possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja. Assim, Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras e, nas laterais, foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo esse complexo deu origem às catacumbas, mais tarde chamadas de catacumbas de Calisto.
Esse foi o longo pontificado de Zeferino, encerrado pela intensificação às perseguições e pela proibição das atividades da Igreja, impostas pelo imperador Sétimo Severo.
O papa são Zeferino foi martirizado junto com o bispo santo Irineu, em 217, e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=672#ixzz3jv3kMO52
Quarta-feira da 21ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897, Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865
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Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars, virgem, fundadora, +1897
image Saber mais sobre os Santos do dia
Mais uma santa fundadora de um instituto feminino florescente, pequenas irmãs dos anciãos abandonados, que em 1983 possuía 212 casas e 2.750 irmãs.
Nasceu Teresa em Aytona, na Catalunha em 9-1-1843. Passou a adolecência na terra natal e em Lérida, completando os estudos em Fraga, onde obteve o diploma de professora.
Depois de um tempo dedicado ao ensino, associou-se às terceiras carmelitas, reunidas por um seu tio sacerdote. Foi directora da escola, mas desejando maior perfeição entrou em 1868 para as clarissas, de onde saiu dois anos depois por causa de sua pouca saúde. Voltou para as terceiras carmelitas, assumindo de novo a direcção da escola. Quando da morte do tio (1872), a instituição esteve a ponto de dissolver-se, e Teresa voltou para cidade natal. No mesmo ano encontrou o Pe.Saturnino López Novoa, que tinha fundado uma congregação para a assistência de anciãos pobres e fez parte do 1º grupo de 28 companheiras com as quais se iniciou essa obra.
No ano seguinte abriam sua primeira casa em Valência. Em 1874, aprovado o instituto pelo bispo dessa cidade, fez a sua profissão temporária e fundou outra casa em Saragoza. Em 12 anos fundaram-se 47 casas para os velhos pobres. A congregação cresceu e foi aprovada pela Santa Sé. Expandiram-se em Cuba e por toda a América Latina. Mas tiveram de lutar contra outra congregação relilgiosa francesa, que queria a fusão com a obra de Teresa ou ao menos que sua obra mudasse de nome. Em 1882 chegou-se finalmente a um acordo.
Com saúde fraca, Teresa morreu ainda jovem em 1897, no dia 26 de Agosto. A congregação nunca se preocupou em mover a causa de beatificação da fundadora, que foi levada a termo por iniciativa da autoridade da Igreja.
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Santa Micaela do Santíssimo Sacramento, religiosa, fundadora, +1865
Nascida em Madrid, possuía o título de Viscondessa de Jorbalán e empregou toda a sua fortuna em obras de misericórdia. Fundou a Congregação das Senhoras Adoradoras e Escravas do Santíssimo Sacramento, destinada a acolher pecadoras públicas arrependidas. Estendeu sua obra a várias cidades espanholas. Morreu vitimada pela cólera, a que se expusera voluntariamente para ir assistir em Valência a suas filhas espirituais atingidas pela epidemia.
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26 de Agosto - São Zeferino
Papa, mártir (199-217)
O papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. E os únicos dados de sua vida registrados declaram que, depois do papa Vitor, de origem africana, clero e povo elegeram para a cátedra de Pedro um romano, Zeferino, filho de um certo Abôndio.
Zeferino foi o 14º papa a substituir são Pedro. Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias entre eles próprios, que abalavam a Igreja mais do que os próprios martírios. As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.
Mas o papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso, uniu-se aos grandes sábios da época, como santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial. Seu grande mérito foi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.
O papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs, possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja. Assim, Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras e, nas laterais, foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo esse complexo deu origem às catacumbas, mais tarde chamadas de catacumbas de Calisto.
Esse foi o longo pontificado de Zeferino, encerrado pela intensificação às perseguições e pela proibição das atividades da Igreja, impostas pelo imperador Sétimo Severo.
O papa são Zeferino foi martirizado junto com o bispo santo Irineu, em 217, e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=672#ixzz3jv3kMO52
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Humildade
O salmista (139-139) afirma que tão prodigiosa é a ciência de Deus, que não podemos compreendê-la e tão sublime que não a podemos alcançar.
Realmente, as coisas de Deus são para nós, por vezes, de difícil entendimento e só podemos aproximar de sua Palavra por meio da Fé. Erram os que procuram o entendimento e a busca da verdade por meio da análise racional da ciência do homem.
Em Deus, no qual tudo é possível, não cabem as leis da Física, o mundo da Biologia ou todo mais conhecimento acumulado pela humanidade, muitos dos quais acabam sendo modificados com o passar do tempo e diante de dúvidas que surgem.
Tão valiosa a ciência construída pelos homens e que tantos benefícios traz a humanidade. Os avanços da medicina e da tecnologia, que verdadeiras maravilhas quando colocadas para a realização do bem.
Jesus mesmo disse, em uma lição de humildade, que faríamos milagres ainda maiores do que os que ele mesmo fez.
Quanta sabedoria colocada por Cristo em favor dos homens. É preciso, no entanto, que tenhamos também humildade ao reconhecermos nossas limitações.
Coração admirável
«Purifica primeiro o interior»
Ó meu Deus, quão admirável é o Vosso amor por nós! Sois infinitamente digno de ser amado, louvado e glorificado! Não tendo nós coração, nem espírito, que seja digno deste amor, a vossa sabedoria e a vossa bondade concederam-nos, porém, forma de o sermos: destes-nos o Espírito e o coração do vosso Filho, para que eles fossem o nosso próprio espírito e o nosso próprio coração, segundo a promessa que fizestes pelo vosso profeta: «Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo» (Ez 36,26); e, para que soubéssemos que coração e que espírito novos eram estes, acrescentastes: «Dentro de vós porei o meu espírito» (27). Só o Espírito e o coração de Deus são dignos de amar e de louvar a Deus, são capazes de O bendizer e de O amar como Ele deve ser bendito e amado. Foi por isso que nos destes o vosso coração, o coração do vosso Filho, Jesus Cristo, bem como o coração de sua Mãe e o coração de todos os santos e anjos que, em conjunto, formam um só coração, como a cabeça e os membros formam um só corpo (Ef 4,15). [...]
Renunciai, pois, irmãos, ao vosso coração e ao vosso espírito, à vossa vontade e ao vosso amor próprio. Dai-vos a Jesus, para entrardes na imensidão do seu coração, que contém o de sua Mãe e o de todos os santos, para vos perderdes nesse abismo de amor, de humildade e de paciência. Se amais o vosso próximo e tendes de fazer um acto de caridade, amai-o o fazei o que deveis no coração de Jesus. Se se trata de vos humilhardes, que seja na humildade desse coração. Se se trata de obedecerdes, que seja na obediência do seu coração. Se tendes de louvar, de adorar, de agradecer a Deus, que seja em união com a adoração, o louvor e a acção de graças que nos são dados por esse grande coração. [...] O que quer que façais, fazei todas as coisas no espírito desse coração, renunciando ao vosso, entregando-vos a Jesus, para agirdes no Espírito que anima o seu coração.
Comentário do dia:
São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos
Coração admirável, cap. 12
Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas, sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo».
Livro de Salmos 139(138),1-3.4-6.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,
Vós observais todos os meus passos.
Ainda a palavra me não chegou à língua
e já, Senhor, a conheceis perfeitamente.
Por todos os lados me envolveis
e sobre mim pondes a vossa mão.
Prodigiosa ciência, que não posso compreender,
tão sublime que a não posso alcançar!
1ª Carta aos Tessalonicenses 2,1-8.
Irmãos, vós próprios bem sabeis que não foi vã a nossa estadia entre vós;
Apesar dos sofrimentos e insultos que suportámos em Filipos, como sabeis, no nosso Deus encontrámos coragem para vos anunciar o seu Evangelho no meio de grandes lutas.
A nossa pregação não nasce do erro, nem da impureza ou da fraude.
Mas, como Deus nos encontrou dignos de nos confiar o Evangelho, assim o pregamos, não para agradar aos homens, mas a Deus que põe à prova os nossos corações.
Bem sabeis que nunca usámos palavras de lisonja nem recursos de ganância; Deus é testemunha.
Também não procurámos as honras humanas, quer da vossa parte, quer da parte dos outros,
embora pudéssemos fazer valer a nossa autoridade como apóstolos de Cristo. Ao contrário, apresentámo-nos no meio de vós com bondade, como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar.
Pela viva afeição que vos dedicámos, desejávamos partilhar convosco não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos tínheis tornado para nós.
Santo do dia
Terça-feira, dia 25 de Agosto de 2015
Santo do dia : Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624, S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648, S. Luís (IX), rei de França, +1270
_________________________________________________________________
Beato Miguel de Carvalho
Miguel de Carvalho nasceu em Braga, em 1577, de família nobre e rica.
Com 20 anos pediu para ser admitido na Companhia de Jesus. Cinco anos depois, partia com um grupo de missionários para o Oriente.
Em Goa, termina o curso de teologia e aí fica alguns anos como professor. Mas o seu desejo era partir missionário para o Japão e, apesar das grandes dificuldades que os cristãos por lá viviam, consegue integrar-se num grupo de viajantes, disfarçado de soldado.
Durante alguns anos conseguiu iludir as autoridades, pregando o Evangelho nos mais diversos lugares, até que um dia o descobriram e o condenaram a morrer pelo fogo.
Pio IX beatificou-o em 1867.
_____________________________________________________________
S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648
Era espanhol, mais especificamente de Peralta de La Sal, em Aragão, nascido no ano de 1557. Foi ordenado sacerdote aos 28 anos, em sua terra natal, e depois foi para Roma onde começou sua grande dedicação à educação de crianças pobres. Fundou a primeira escola em 1597, o que deu origem mais tarde, em 1621, à congregação dos Clérigos Pobres da Mãe de Deus. Sua fundação logo se difundiu por todo o mundo, indo até a Itália, a Alemanha, a Boêmia e Polônia.
A grande provação de sua vida foi quando, por inveja, seus próprios co-irmãos o acusaram de incapacidade de governar a sua congregação. Foi obrigado a ver sua obra esfacelar-se, e seu lugar foi substituído por um “visitador”, uma espécie de interventor da Santa Sé. Mesmo assim, manteve-se confiante em Deus, conseguindo fazer com que sua obra ressurgisse das cinzas.
____________________________________________________________________
S. Luís (IX), rei de França, +1270
Eleito rei desde os doze anos de idade, Luís, nascido em 1214, era filho da virtuosa Branca de Castela, regente de França durante sua menor idade. Recebeu forte educação cristã.
Foi muito dedicado à renovação da justiça e da economia do seu país. Construiu hospitais, asilos, escolas e favoreceu a universidade de Sorbonne, o que deu à França o primado da cultura européia. Empreendeu uma cruzada para a libertação dos lugares santos, fez diversas conquistas, venceu muitas batalhas, até que foi tomado como prisioneiro dos egípcios. Pago o resgate, continuou suas atividades até que foi atingido pela peste, morrendo às portas de Túnis, a 25 de agosto de 1270.
São José Calasanz morreu aos 90 anos, em 1648, e somente oito anos depois seu Instituto foi aprovado pelo papa Alexandre VI. Foi canonizado no ano de 1757.
Santo do dia : Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624, S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648, S. Luís (IX), rei de França, +1270
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Beato Miguel de Carvalho
Miguel de Carvalho nasceu em Braga, em 1577, de família nobre e rica.
Com 20 anos pediu para ser admitido na Companhia de Jesus. Cinco anos depois, partia com um grupo de missionários para o Oriente.
Em Goa, termina o curso de teologia e aí fica alguns anos como professor. Mas o seu desejo era partir missionário para o Japão e, apesar das grandes dificuldades que os cristãos por lá viviam, consegue integrar-se num grupo de viajantes, disfarçado de soldado.
Durante alguns anos conseguiu iludir as autoridades, pregando o Evangelho nos mais diversos lugares, até que um dia o descobriram e o condenaram a morrer pelo fogo.
Pio IX beatificou-o em 1867.
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S. José de Calasanz, presbítero, educador, +1648
Era espanhol, mais especificamente de Peralta de La Sal, em Aragão, nascido no ano de 1557. Foi ordenado sacerdote aos 28 anos, em sua terra natal, e depois foi para Roma onde começou sua grande dedicação à educação de crianças pobres. Fundou a primeira escola em 1597, o que deu origem mais tarde, em 1621, à congregação dos Clérigos Pobres da Mãe de Deus. Sua fundação logo se difundiu por todo o mundo, indo até a Itália, a Alemanha, a Boêmia e Polônia.
A grande provação de sua vida foi quando, por inveja, seus próprios co-irmãos o acusaram de incapacidade de governar a sua congregação. Foi obrigado a ver sua obra esfacelar-se, e seu lugar foi substituído por um “visitador”, uma espécie de interventor da Santa Sé. Mesmo assim, manteve-se confiante em Deus, conseguindo fazer com que sua obra ressurgisse das cinzas.
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S. Luís (IX), rei de França, +1270
Eleito rei desde os doze anos de idade, Luís, nascido em 1214, era filho da virtuosa Branca de Castela, regente de França durante sua menor idade. Recebeu forte educação cristã.
Foi muito dedicado à renovação da justiça e da economia do seu país. Construiu hospitais, asilos, escolas e favoreceu a universidade de Sorbonne, o que deu à França o primado da cultura européia. Empreendeu uma cruzada para a libertação dos lugares santos, fez diversas conquistas, venceu muitas batalhas, até que foi tomado como prisioneiro dos egípcios. Pago o resgate, continuou suas atividades até que foi atingido pela peste, morrendo às portas de Túnis, a 25 de agosto de 1270.
São José Calasanz morreu aos 90 anos, em 1648, e somente oito anos depois seu Instituto foi aprovado pelo papa Alexandre VI. Foi canonizado no ano de 1757.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
"Rabi, Tu és o filho de Deus..."
Comentário do dia:
Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus
O evangelista João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se, exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1,47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano» (Sl 32,2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1,48). A resposta de Jesus não é imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1,48). Não sabemos o que aconteceu debaixo desta figueira, mas é evidente que se trata de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me. E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1,49).
Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus. As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na sua relação especial com Deus Pai, do qual é Filho Unigénito, quer na relação com o povo de Israel, do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes; porque, se proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus, corremos o risco de O transformar num ser sublime e evanescente, e se, ao contrário, reconhecermos apenas a sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a dimensão divina que propriamente O qualifica.
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 04/10/2006 (© Libreria Editrice Vaticana; rev)
Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus
O evangelista João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se, exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1,47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano» (Sl 32,2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1,48). A resposta de Jesus não é imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1,48). Não sabemos o que aconteceu debaixo desta figueira, mas é evidente que se trata de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me. E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1,49).
Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus. As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na sua relação especial com Deus Pai, do qual é Filho Unigénito, quer na relação com o povo de Israel, do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes; porque, se proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus, corremos o risco de O transformar num ser sublime e evanescente, e se, ao contrário, reconhecermos apenas a sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a dimensão divina que propriamente O qualifica.
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 04/10/2006 (© Libreria Editrice Vaticana; rev)
Santo do dia
Segunda-feira, dia 24 de Agosto de 2015
Santo do dia : S. Bartolomeu, apóstolo
São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos.
Muitos o identificam com Natanael, mencionado em João 1,45: Jesus viu Natanael vindo até ele, e disse a seu respeito: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude". Natanael exclamou: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel". Jesus respondeu-lhe: "Crês só porque te disse: 'Eu vi-te sob a figueira'? Verás coisas maiores do que essas".
Além de João, Mateus, Marcos, Lucas, os Actos referem-se a ele como um dos Doze. Uma antiga tradição arménia afirma que o apóstolo Bartolomeu, que era da Galileia, foi para a Índia.
Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de, naquela região, ter convertido muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Arménia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.
Santo do dia : S. Bartolomeu, apóstolo
São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos.
Muitos o identificam com Natanael, mencionado em João 1,45: Jesus viu Natanael vindo até ele, e disse a seu respeito: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude". Natanael exclamou: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel". Jesus respondeu-lhe: "Crês só porque te disse: 'Eu vi-te sob a figueira'? Verás coisas maiores do que essas".
Além de João, Mateus, Marcos, Lucas, os Actos referem-se a ele como um dos Doze. Uma antiga tradição arménia afirma que o apóstolo Bartolomeu, que era da Galileia, foi para a Índia.
Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de, naquela região, ter convertido muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Arménia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.
Evangelho segundo S. João 1,45-51.
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?». Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!».
Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».
Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.
Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.
Livro do Apocalipse 21,9b-14.
O Anjo falou-me, dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas ao oriente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas ao ocidente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.
domingo, 23 de agosto de 2015
Confiança em Deus
«As palavras que vos disse são espírito e são vida»
«Tomai e comei», disse Jesus, «isto é o meu corpo entregue por vós» (cf 1Cor 11,24). Porque é que os discípulos não ficaram perturbados quando ouviram estas palavras? Porque Cristo já lhes havia dito muitas coisas sobre este assunto (Jo 6). [...] Tenhamos, nós também, plena confiança em Deus. Não apresentemos objecções, mesmo quando o que Ele diz parece contrário aos nossos raciocínios e ao que vemos. Que a sua palavra seja dona da nossa razão e mesmo da nossa vista. Assumamos esta atitude perante os mistérios sagrados: não vejamos neles apenas o que pode ser apreendido pelos nossos sentidos, mas tenhamos sobretudo em conta as palavras do Senhor. A sua palavra nunca nos pode enganar, ao passo que os nossos sentidos nos enganam facilmente; Ela nunca erra, mas eles erram frequentemente. Quando o Verbo diz: «Isto é o meu corpo», confiemos nele, acreditemos e contemplemo-Lo com os olhos do espírito. [...]
Quantos dizem hoje: «Gostaria de ver Cristo em pessoa, o seu rosto, as suas vestes, as suas sandálias.» Pois bem, na Eucaristia, é Ele que vês, que tocas, que recebes! Desejavas ver as suas vestes; e é Ele que Se dá a ti, não apenas para O veres, mas para O tocares, O receberes, O acolheres no teu coração. Que ninguém se aproxime, pois, com indiferença ou frouxidão, mas que todos venham a Ele animados de um amor ardente.
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de Mateus n° 82; PG 58, 743
Os valores de Jesus
Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 21º Domingo Comum fala-nos de opções. Recorda-nos que a nossa existência pode ser gasta a perseguir valores efémeros e estéreis, ou a apostar nesses valores eternos que nos conduzem à vida definitiva, à realização plena. Cada homem e cada mulher tem, dia a dia, de fazer a sua escolha.
Na primeira leitura, Josué convida as tribos de Israel reunidas em Siquém a escolherem entre "servir o Senhor" e servir outros deuses. O Povo escolhe claramente "servir o Senhor", pois viu, na história recente da libertação do Egipto e da caminhada pelo deserto, como só Jahwéh pode proporcionar ao seu Povo a vida, a liberdade, o bem estar e a paz.
O Evangelho coloca diante dos nossos olhos dois grupos de discípulos, com opções diversas diante da proposta de Jesus. Um dos grupos, prisioneiro da lógica do mundo, tem como prioridade os bens materiais, o poder, a ambição e a glória; por isso, recusa a proposta de Jesus. Outro grupo, aberto à acção de Deus e do Espírito, está disponível para seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida; os membros deste grupo sabem que só Jesus tem palavras de vida eterna. É este último grupo que é proposto como modelo aos crentes de todos os tempos.
Na segunda leitura, Paulo diz aos cristãos de Éfeso que a opção por Cristo tem consequências também ao nível da relação familiar. Para o seguidor de Jesus, o espaço da relação familiar tem de ser o lugar onde se manifestam os valores de Jesus, os valores do Reino. Com a sua partilha de amor, com a sua união, com a sua comunhão de vida, o casal cristão é chamado a ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja.
Evangelho segundo S. João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?».
Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?».
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Carta aos Efésios 5,21-32.
Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo.
As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor,
porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador.
Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos.
Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela.
Ele quis santificá-la, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida,
para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada.
Assim devem os maridos amar as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja;
porque nós somos membros do seu Corpo.
Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne.
É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja.
Livro de Salmos 34(33),2-3.16-17.18-19.20-21.22-23.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado.
A maldade leva o ímpio à morte,
os inimigos do justo serão castigados.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam.
Livro de Josué 24,1-2a.15-17.18b.
Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus.
Josué disse então a todo o povo:
«Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor».
Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses;
porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos.
Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus».
Santo do dia
Domingo, dia 23 de Agosto de 2015
21º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Festa da Igreja : Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)
Santo do dia : Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina
Santa Rosa de Lima
Isabel Flores y de Oliva era o nome de baptismo de Santa Rosa de Lima que nasceu em 1586 em Lima, Peru. Os seus pais eram espanhois, que se haviam mudado para a rica colônia do Peru. O nome Rosa foi-lhe dado carinhosamente por uma empregada índia, Mariana, pois a mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: Você é bonita como uma rosa!
Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.
Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exactamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.
21º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Festa da Igreja : Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)
Santo do dia : Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina
Santa Rosa de Lima
Isabel Flores y de Oliva era o nome de baptismo de Santa Rosa de Lima que nasceu em 1586 em Lima, Peru. Os seus pais eram espanhois, que se haviam mudado para a rica colônia do Peru. O nome Rosa foi-lhe dado carinhosamente por uma empregada índia, Mariana, pois a mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: Você é bonita como uma rosa!
Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.
Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exactamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.
sábado, 22 de agosto de 2015
Humildade
«O maior de entre vós será o vosso servo»
Irmãos, a Escritura divina proclama-nos que «quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado» e com isso quer mostrar-nos que toda a exaltação é uma forma de orgulho. Assim prova o salmista, que dele se acautela quando diz: «Senhor, o meu coração não é orgulhoso, nem os meus olhos são altivos; não corro atrás de grandezas ou de coisas superiores a mim» (Sl 130,1). [...] Daqui resulta, irmãos, que, se quisermos atingir o cume da suprema humildade e chegar rapidamente às alturas celestes aonde podemos subir pela humildade de vida terrena, temos de pôr de pé a escada que apareceu em sonhos a Jacob e trepar por ela com os nossos actos tal como ele viu «os anjos subir e descer» (Gn 28,12). Pois este subir e este descer não podem ter para nós outro significado senão o de pela exaltação descer e pela humildade subir. Ora, aquela escada posta de pé mais não é do que a nossa vida neste mundo, que o Senhor levanta até ao céu sempre que o nosso coração se humilha. [...]
O primeiro degrau da humildade consiste em ter sempre presente no pensamento o temor de Deus e em nunca o esquecer, esforçando-nos por relembrar sempre tudo aquilo a que Deus mandou obedecer. [...] Para estar vigilante contra a malícia dos seus pensamentos, o irmão deveras humilde há-de repetir sem parar no seu coração: «Tenho sido sincero para com Deus e guardei-me do pecado» (Sl 17,24). E quanto a seguirmos a nossa vontade própria, a Escritura no-lo impede ao dizer-nos: «Refreia os teus apetites» (Sir 18,30). É por essa razão que, no Pai Nosso, pedimos a Deus que a sua vontade se faça em nós. [...] «Os olhos do Senhor observam maus e bons; do céu o Senhor olha para os seres humanos, a ver se há alguém sensato, alguém que ainda procure a Deus» (Pr 15,3; Sl 13,2). [...]
Tendo subido todos os degraus da humildade, o monge depressa chegará ao amor de Deus, a esse amor que, tornado perfeito, afugenta todo o temor (1Jo 4,18); graças a ele, tudo aquilo que dantes cumpria a medo, agora levará a cabo sem custo algum, com toda a naturalidade e de modo habitual, [...] por amor a Cristo, por hábito do bem e gosto da virtude. Tudo isso o Senhor Se dignará manifestar de aí em diante no seu operário, pelo Espírito Santo.
Comentário do dia:
São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa
Regra monástica, cap. 7
Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4.5.
Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.
Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.
Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.
Livro de Rute 2,1-3.8-11.4,13-17.
Noémi tinha um parente da parte do marido, homem importante pela sua fortuna. Era da família de Elimelec e chamava-se Booz.
Um dia, Rute, a moabita, disse a Noémi: «Deixa-me ir ao campo apanhar espigas, atrás de quem me acolher favoravelmente». Noémi respondeu-lhe: «Vai, minha filha».
Ela saiu para ir apanhar espigas no campo, atrás dos ceifeiros, e foi ter por acaso a um campo que era de Booz, parente de Elimelec.
Booz disse a Rute: «Escuta, minha filha, não vás apanhar espigas noutro campo. Não te afastes daqui, fica com as minhas servas.
Repara bem no terreno em que estão a ceifar e vai atrás delas, que eu dei ordens aos meus servos para não te incomodarem. Se tiveres sede, vai às bilhas beber da água que eles beberem».
Então Rute prostrou-se de rosto em terra e disse-lhe: «Porque encontrei favor a teus olhos, de modo que te interessaste por mim, que sou uma estrangeira?».
Booz respondeu-lhe: «Eu estou informado de tudo o que tens feito à tua sogra, depois da morte do teu marido. Deixaste pai e mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que não conhecias».
Depois desposou Rute, que se tornou sua mulher, e conviveu com ela. O Senhor deu-lhe a graça de conceber e ela deu à luz um filho.
As mulheres disseram a Noémi: «Bendito seja o Senhor, que não te recusou hoje quem assegurasse a tua descendência. O seu nome seja celebrado em Israel!
Será a consolação da tua alma e o amparo da tua velhice, pois nasceu da tua nora, que é tão tua amiga e vale mais para ti do que sete filhos».
Noémi tomou o menino ao colo e foi ela que o criou.
As vizinhas deram nome ao menino, dizendo: «Nasceu um filho a Noémi». E deram-lhe o nome de Obed. Obed foi o pai de Jessé, pai de David.
Santo do dia
Sabado, dia 22 de Agosto de 2015
Nossa Senhora Rainha
"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc. 1,37-38).
Ainda Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.
Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz Dante Alighieri, na Divina Comédia.
Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos veem, em Maria, a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina.
A Virgem Maria Rainha resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do Senhor através do Batismo.
O Papa Pio XII instituiu em 1955 a festa da Virgem Maria Rainha, como consequência daquela de Cristo Rei. Inicialmente era celebrada no dia 31 de maio, mês de Maria, encerrando as comemorações com o coroamento desta singular devoção. O dia 22 de agosto era reservado à homenagem ao Coração Imaculado de Maria. Mas a Igreja, desejando aproximar a festa da realeza de Maria à da sua gloriosa assunção ao céu, inverteu estas datas a partir da última reforma do seu calendário litúrgico em 1969.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=364#ixzz3jWwNKLvR
____________________________________________________
São Filipe Benício
Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos 13 anos, foi enviado, com seu preceptor, a Paris para estudar Medicina. Voltou e foi para a Universidade de Pádua, onde, aos 19 anos, formou-se em Filosofia e Medicina. Depois, durante um ano, exerceu a profissão na sua cidade natal.
Devoto de Maria e muito religioso, possuía, também, sólida formação religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a frequentar a igreja do mosteiro e, com os religiosos, aprofundou o estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu o chamado para a vida religiosa. Filipe contou que tudo aconteceu diante do crucifixo de Jesus: uma luz veio do céu e uma voz mandou-o servir ao Senhor, na Ordem dos Servitas.
Foi a Monte Senário, pediu admissão nos Servos de Maria, onde ingressou, em 1254, como irmão leigo, destacando-se logo pela retórica. Certo dia do ano 1258, estava em companhia de um sacerdote e o prior quando encontraram dois dominicanos no caminho. Conversaram um bom tempo e Filipe discursou com tanta desenvoltura, sabedoria e eloquência que, nesse mesmo ano, foi ordenado sacerdote.
Em 1262, foi nomeado professor de noviços e vigário assistente do prior-geral. Por voto unânime, em 1267, foi eleito prior-geral da Ordem dos Servitas. Quando o papa Clemente IV morreu, no ano seguinte, Filipe foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas retirou-se para as montanhas, onde ficou por algum tempo.
Sob sua direção, os frades servitas expandiram-se rapidamente e com sucesso. Participou do Concílio Ecumênico de Lyon, em 1274, na França. Era um conciliador, sendo que sua pregação talentosa e eficiente trouxe frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja.
Atuou, a pedido de Roma, para promover a paz na acirrada disputa entre duas famílias dominantes de Forli, cidade do norte da Itália, em 1283. Eram os guelfos apoiando os pontífices e os guibelinos, os imperadores germânicos. Lá, Felipe recebeu um tapa no rosto, do jovem guibelino Peregrino Laziosi. Filipe aceitou o golpe. O jovem, mais tarde, arrependeu-se. Foi ao seu encontro, pediu desculpas e ingressou na Ordem. Peregrino tornou-se tão humilde e caridoso para com o povo que se tornou um dos santos da Igreja.
Segundo os registros da Ordem e a tradição, Filipe gozava da fama de santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi, quando voltava para Roma. Foi canonizado pelo papa Clemente X em 1617. Suas relíquias estão sob a guarda da igreja Santa Maria das Graças, em Florença, sua cidade natal. A memória de são Filipe Benício é celebrada no dia 22 de agosto. Algumas localidades comemoram no dia seguinte, devido à festa da Santa Virgem Maria Rainha.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=829#ixzz3jWwnMook
Nossa Senhora Rainha
"O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc. 1,37-38).
Ainda Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.
Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz Dante Alighieri, na Divina Comédia.
Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos veem, em Maria, a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de maternidade divina.
A Virgem Maria Rainha resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do Senhor através do Batismo.
O Papa Pio XII instituiu em 1955 a festa da Virgem Maria Rainha, como consequência daquela de Cristo Rei. Inicialmente era celebrada no dia 31 de maio, mês de Maria, encerrando as comemorações com o coroamento desta singular devoção. O dia 22 de agosto era reservado à homenagem ao Coração Imaculado de Maria. Mas a Igreja, desejando aproximar a festa da realeza de Maria à da sua gloriosa assunção ao céu, inverteu estas datas a partir da última reforma do seu calendário litúrgico em 1969.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=364#ixzz3jWwNKLvR
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São Filipe Benício
Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos 13 anos, foi enviado, com seu preceptor, a Paris para estudar Medicina. Voltou e foi para a Universidade de Pádua, onde, aos 19 anos, formou-se em Filosofia e Medicina. Depois, durante um ano, exerceu a profissão na sua cidade natal.
Devoto de Maria e muito religioso, possuía, também, sólida formação religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a frequentar a igreja do mosteiro e, com os religiosos, aprofundou o estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu o chamado para a vida religiosa. Filipe contou que tudo aconteceu diante do crucifixo de Jesus: uma luz veio do céu e uma voz mandou-o servir ao Senhor, na Ordem dos Servitas.
Foi a Monte Senário, pediu admissão nos Servos de Maria, onde ingressou, em 1254, como irmão leigo, destacando-se logo pela retórica. Certo dia do ano 1258, estava em companhia de um sacerdote e o prior quando encontraram dois dominicanos no caminho. Conversaram um bom tempo e Filipe discursou com tanta desenvoltura, sabedoria e eloquência que, nesse mesmo ano, foi ordenado sacerdote.
Em 1262, foi nomeado professor de noviços e vigário assistente do prior-geral. Por voto unânime, em 1267, foi eleito prior-geral da Ordem dos Servitas. Quando o papa Clemente IV morreu, no ano seguinte, Filipe foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas retirou-se para as montanhas, onde ficou por algum tempo.
Sob sua direção, os frades servitas expandiram-se rapidamente e com sucesso. Participou do Concílio Ecumênico de Lyon, em 1274, na França. Era um conciliador, sendo que sua pregação talentosa e eficiente trouxe frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja.
Atuou, a pedido de Roma, para promover a paz na acirrada disputa entre duas famílias dominantes de Forli, cidade do norte da Itália, em 1283. Eram os guelfos apoiando os pontífices e os guibelinos, os imperadores germânicos. Lá, Felipe recebeu um tapa no rosto, do jovem guibelino Peregrino Laziosi. Filipe aceitou o golpe. O jovem, mais tarde, arrependeu-se. Foi ao seu encontro, pediu desculpas e ingressou na Ordem. Peregrino tornou-se tão humilde e caridoso para com o povo que se tornou um dos santos da Igreja.
Segundo os registros da Ordem e a tradição, Filipe gozava da fama de santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi, quando voltava para Roma. Foi canonizado pelo papa Clemente X em 1617. Suas relíquias estão sob a guarda da igreja Santa Maria das Graças, em Florença, sua cidade natal. A memória de são Filipe Benício é celebrada no dia 22 de agosto. Algumas localidades comemoram no dia seguinte, devido à festa da Santa Virgem Maria Rainha.
Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=829#ixzz3jWwnMook
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Grandes regras
«Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este»
Recebemos o preceito de amar o nosso próximo como a nós mesmos. Mas Deus deu-nos também uma disposição natural para o fazermos. Com efeito, nada é mais conforme à nossa natureza do que vivermos juntos, procurarmo-nos uns aos outros e amarmos o nosso semelhante. O Senhor pede-nos, assim, os frutos daquilo que já depositou em nós como germe, quando diz: «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros» (Jo 13,34).
Com o objectivo de excitar a nossa alma a obedecer a este preceito, Ele não quis que a marca dos seus discípulos se encontrasse em prodígios ou em obras extraordinárias, ainda que eles tivessem recebido o dom do Espírito Santo. Pelo contrário, diz: «Reconhecerão que sois meus discípulos por esse amor que tiverdes uns pelos outros» (Jo 13,35). E coloca uma tal ligação entre os dois mandamentos, que considera como feitas a Si mesmo as boas acções realizadas para com o próximo: «Porque tive sede e destes-Me de beber.» E acrescenta: «Tudo o que tiverdes feito ao mais pequeno dos meus irmãos, foi a Mim que o fizestes» (Mt 25,35-40).
A observância do primeiro mandamento contém assim a observância do segundo, e pelo segundo retornamos ao primeiro. Aquele que ama a Deus amará o seu próximo: «Aquele que Me ama cumprirá os meus mandamentos», diz o Senhor. «O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 14,23; 15,12). Repito-vos, pois: quem ama o seu próximo cumpre o seu dever de amor para com Deus, porque Deus considera esse dom como feito a Si próprio.
Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Grandes Regras
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