sexta-feira, 12 de junho de 2015

Santo do dia

Sexta-feira, dia 12 de Junho de 2015

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, solenidade - Ano B


Festa da Igreja : Sagrado Coração de Jesus (ofício próprio)Nossa Senhora do Sameiro
Santo do dia : Beato Ludovico Mzyk, presbítero, e companheiros mártires (+1940), Santa Paula Frassinetti, virgem, fundadora, +1882




Sagrado Coração de Jesus

O culto à humanidade de Cristo e ao Seu Coração, que sempre existiu na Igreja, conheceu um grande incremento a partir das revelações privadas a Santa Margarida Maria Alacoque (1673-75), as quais despertaram entre os cristãos uma consciência mais viva do mistério do amor de Cristo.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi reconhecida pela Igreja cerca de um século mais tarde: em 1765, Clemente XIII aprovou a Solenidade do Sagrado Coração e, em 1856, Pio IX inseriu-a no calendário da Igreja universal.

A devoção ao Coração de Jesus foi "um meio providencial" pra a renovação da vida cristã. Com efeito, certas doutrinas tinham desfigurado uma das verdades essenciais ao cristianismo - o amor de Deus para com todos os homens. Pela devoção ao Sagrado Coração, o Povo de Deus reagiu "contra uma concepção demasiado rigorista das relações entre Deus e o homem - concepção que, levada às últimas consequências, seria o renascer da ideia pagã de um Deus vingador e, portanto, a anulação da história da salvação e da incessante misericórdia divina" (Thierry Maertens).

Levando-nos a amar a Cristo e a compartilhar do Seu amor pelo Pai e pelos homens, a devoção ao Coração de Jesus leva-nos também a promover aquela solidariedade universal que é uma exigência da fraternidade. O mistério do Coração de Cristo torna-se, assim, o caminho para a plena libertação do homem, libertação tantas vezes procurada através de caminhos que só conduzem à degradação da mesma dignidade humana.

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Beato Ludovico Mzyk

O Pe. Ludovico (Ludwik) Mzyk, Verbita, nasceu a 22 de Abril de 1905, na Polónia. Em Março de 1918 entrou para o Seminário Menor dos Padres Verbitas em Nysa (Casa de Santa Cruz - na época, ficava no território alemão), onde se formou em 1926. Em seguida, entrou no noviciado da Congregação do Verbo Divino em St. Augustin, perto de Bonn, na Alemanha. Fez os primeiros votos em 1928. Após ter terminado os estudos da Filosofia, foi enviado para Roma, para estudar Teologia. Foi ordenado sacerdote em 30 de Outubro de 1932. No verão de 1935 foi para Chludowo (perto de Poznan), na Polónia, onde os Verbitas estavam inaugurando o primeiro noviciado. Nomeado mestre de noviços, o Pe. Ludovico ficou em Chludowo. Em 1939 recebeu a nomeação para ser o primeiro Reitor da Casa. Era orientador, educador e formador. A 1 de Setembro de 1939 rebentou a guerra. Os exércitos alemães invadiram a Polônia. Chludowo também foi ocupada. No dia 25 de Janeiro de 1940, o Pe. Ludovico foi preso e levado para a Fortaleza VII em Poznan. Neste mesmo dia o Seminário de Chludowo foi transformado em prisão. O Pe. Ludovico sofreu muitas humilhações e torturas durante esses dias de prisão. No dia 20 de Fevereiro de 1940, na cela onde estava o Pe. Ludovico, junto com vários outros presos, entraram dois oficiais e cruelmente o torturaram. As palavras que saíram da sua boca: «Não pode ser o servo maior que o Senhor» foram memorizadas para sempre pelos outros presos que testemunharam o martírio. Na mesma noite, os soldados retiraram o Pe. Ludovico da cela, espancaram-no violentamente e em seguida executaram-no com um tiro na nuca.
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Santa Paula Frassinetti

Nasceu em Génova, na Itália, de uma família profundamente religiosa e crente.
Aos nove anos perdeu a Mãe e aos dezassete uma tia paterna que tinha procurado substitui-la. Confiou-se a Maria, a mãe do Céu, e começou a ser a mãe de seus irmãos: dois mais velhos (José e Francisco) e dois mais novos (João e Rafael) – os quatro irmãos foram sacerdotes e Paula fundou o Instituto das Irmãs de Santa Doroteia quando tinha apenas 25 anos, no dia 12 de Agosto de 1834, nessa altura Festa de Santa Clara de quem admirava muito o amor a Cristo e à Pobreza.
Sem ter frequentado a escola pública, aprendeu a ler em casa, com o Pai e com os irmãos, tendo adquirido muitos conhecimentos úteis e uma boa cultura religiosa, como se pode verificar nas 886 cartas que dela se conservam. Numa dessas cartas escreve às alunas: «E quando, completada a vossa educação, regressardes ao seio das vossas famílias, sereis para elas verdadeiros anjos de paz e de consolação; e os vossos exemplos atrairão outras jovens, como vós, a amar a virtude e a praticá-la».
Desde cedo aprendeu a ser educadora com uma pedagogia muito própria: firmeza e suavidade, aliadas à caridade, conduzindo a juventude «pela via do coração e do amor» para tornar Jesus cada vez mais conhecido e amado. Procurou viver em caridade e simplicidade, fazendo da Vontade de Deus o seu Paraíso, a sua bússola, o seu alimento quotidiano, a pérola preciosa que procurou em cada situação da vida.
Verdadeira apóstola e missionária, em 1866 mandou as primeiras Irmãs para o Brasil e Portugal.
Morreu em 11 de Junho de 1882. Foi canonizada em 11 de Março de 1984.
As Irmãs Doroteias estão presentes em 16 países de quatro continentes (Itália, Brasil, Portugal, Espanha, Inglaterra, Suiça, Peru, Malta, Angola, Moçambique, América do Norte, Taiwan, Argentina, Albânia, Camarões, Filipinas).
Também as Mães de Paula (grupos de oração-vida que procuram aprender com Santa Paula a completar a sua maternidade natural, vivendo a maternidade espiritual), as Antigas Alunas e outros Leigos vão aderindo à Família de Paula, considerando sempre actual o seu carisma e a «paixão educativa» (na expressão de João Paulo II) com que se dedicou à construção do Reino de Deus.






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