São Tomé
São Tomé foi um dos doze apóstolos de Jesus. Era israelita. O seu nome consta na lista dos quatro evangelistas.
O Evangelho de São João dá-lhe grande destaque. Em João 11,16, ele incita os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia: "Tomé, chamado Dídimo, disse então aos discípulos: 'Vamos também nós, para morrermos com ele!'"
É ele que pergunta a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: 'Senhor (diz Tomé), não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?' Diz-lhe Jesus: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim'" (João 14,5-6).
Tomé encontrou Jesus Ressuscitado (João 21,2). Temperamento audacioso e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco!". Disse depois a Tomé: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" Respondeu-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!" (João 20,26-28).
Com este acto de fé e de amor a Jesus, apagou a sua dureza e deixou à Igreja a melhor jaculatória: "Mais nos serviu para a nossa fé, diz S. Gregório Magno, a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos fiéis".
Felizes os que acreditamos sem ter visto, só em virtude da palavra dos que viram!
SÁBADO - 2 de julho
S. Bernardino Realino, presbítero, +1616
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Bernardino nasceu em Capri (Itália) em 1530. Profissional do Direito, à sólida competência unia extraordinária formação humanística. De temperamento optimista, alegre, respeitador dos outros e inclinado à beneficência, entrou para o noviciado dos jesuitas em Nápoles aos 34 anos. Trabalhou depois por 10 anos naquela cidade, pregando, catequizando, dedicando-se aos doentes, aos pobres e encarcerados.
Com Bernardino Realino (1530-1616) aconteceu um facto talvez único na historia dos santos: ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce. Ao espalhar-se a notícia de que o padre Bernardinho estava morrendo, o prefeito da cidade reuniu a câmara e dirigiu-se ao colégio dos jesuítas. Diante do leito do morimbundo, leu um documento que tinha preparado: "Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre conosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotavél caridade, a qual nos permite esperar que queirais ser nosso protector e patrono no paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora e para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos..."
Com esforço respondeu o padre: "Sim, senhores".
De facto, o padre Bernadino tinha dedicado mais de metade da sua longa vida, e a quase totalidade de sua acção apostólica como padre, à cidade de Lecce. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, encarcerados e escravos turcos, não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade.
Assim, sem grandes feitos exteriores, desenvolveu-se a santidade de Bernardino Realino. Apesar de ter sido chamado tarde à vida religiosa, sua vida apresenta-se como uma grande continuidade sempre em busca da verdade e do bem.
Morreu aos 86 anos. Em 1947 foi canonizado por Pio XII.
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