
Para superar as atuais crises sociais e ambientais é preciso uma revolução cultural; mas para o fazer não é necessária uma rejeição ingénua da tecnologia e dos benefícios da sociedade moderna, ao contrário, significa pôr a criatividade humana ao serviço de um progresso mais sadio e integral. Frisou o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, intervindo no sábado, 5 de março, numa conferência organizada em Bad Honnef, na Alemanha, pelo Katholisch-Sociales Institut da arquidiocese de Colónia. Na circunstância a associação académica para a promoção da doutrina social da Igreja, Ordo socialis, conferiu um reconhecimento ao cardeal Rodríguez Maradiaga pela sua atividade contra a exclusão e a pobreza.
Tema dos trabalhos, a agenda de 2030 com os novos objetivos de desenvolvimento sustentável (Sdgs) das Nações Unidas. O cardeal Turkson releu-o à luz da Laudato si', com o convite a inverter aquilo a que o Pontífice chama mitos da modernidade – individualismo, progresso ilimitado, concorrência, consumismo, mercado sem regras – na perspectiva de uma visão mais profunda do que deve ser servido pelo desenvolvimento: isto é, o homem e a terra que ele habita, a fim de que a beleza e a saúde do planeta sejam conservadas intactas para as gerações futuras.
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