sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Santo do Dia

Sexta-feira, dia 08 de Janeiro de 2016

Santo do dia : S. Pedro Tomás, patr., m., +1366,S. Severino, abade, +482 

S. Pedro Tomás, patr., m., +1366




S. Pedro Tomás
Nasceu por volta do ano 1305 numa aldeia da Aquitânia, França. Os seus pais viviam em pobreza extrema, o que levou Pedro Tomás a abandonar o lar paterno muito cedo para não ser pesado aos seus. Era Pedro Tomás de estatura baixa, mas possuía uma inteligência rara e profunda. Vivendo de esmolas, conseguiu estudar, tornando-se mestre e professor com apenas 17 anos. Foi convidado para ser professor dos estudantes carmelitas, vindo também ele a entrar na Ordem em 1327. Ensinou várias matérias em muitos conventos da Ordem, até ser nomeado Procurador da Ordem junto da Santa Sé, que então se encontrava em Avinhão. Em certa ocasião, vendo o Padre Geral a humilde e pequena aparência do santo, envergonhava-se de o apresentar aos Cardeais. No entanto, certo Cardeal que conhecia a fama de Frei Pedro Tomás resolveu apresentá-lo.

O Papa fê-lo seu Núncio e Legado, encomendando-lhe muitas e difíceis missões que Frei Pedro Tomás resolveu sempre em bem. Foi arauto e apóstolo incansável da paz e da unidade da Igreja, pelo que depressa este nosso irmão grangeou em toda a parte fama de santo. Depois de ter exercido o múnus de bispo em várias dioceses, foi nomeado Patriarca de Constantinopla.

Apesar dos altos cargos que exerceu, nas suas viagens, Frei Pedro Tomás procurava sempre, como residência, os conventos dos seus irmãos carmelitas, vivendo como irmão e com os irmãos de Nossa Senhora do Carmo a vida normal da comunidade, segundo a Regra. Morreu no dia 6 de Janeiro de 1366. Apesar de ser bispo, pediu que o vestissem com o hábito da Ordem. Era muito devoto da Virgem Maria e um dia contou a um irmão que Nossa Senhora lhe tinha aparecido dizendo-lhe que a Ordem do Carmo durará até ao fim dos tempos.


S. Severino, abade, +482




S. Severino, abade
No século V o império romano do Ocidente foi progressivamente submerso pelos invasores germânicos: visgodos, ostrogodos, vândalos, suevos, burgúndios, alamanos e francos. Na devastação geral surgiu  S. Severino, o apóstolo da Nórica. Ao que parece descende de nobres famílias romanas. Nasceu em 410. Em 454 esteve no Oriente, por pouco tempo, estabelecendo-se nesse mesmo ano sobre o Danúbio, nos confins da Nórica e da Panônia, onde erigiu mosteiros capazes de dar refúgio às populações ameaçadas e, ao mesmo tempo, servir de pontos estratégicos para irradiação do Evangelho entre os bárbaros.
Sentia-se impelido à vida contemplativa e eremítica e, ao mesmo tempo, era impulsionado ao trabalho missionário. Favorecido com o carisma da profecia, S. Severino foi vidente também no plano humano. Compreendeu, por isso, que a agitação das jovens gerações bárbaras era irrefreável e que a decrépita sociedade romana ganharia vigor com a transfusão dessas novas forças.
Era, porém, necessário abrir suas mentes para a verdade evangélica e antes disso entrar em contacto directo. Com um gesto corajoso que chamou a atenção dos rústicos guerreiros, chegou até Comagene, já em poder dos inimigos. A sua comprovada caridade para com os necessitados conquistou definitivamente o coração simples dos bárbaros, a começar pelos chefes. Gibuldo, rei dos alamanos, que tinha para com ele "suma reverência e afecto", diz o seu biógrafo Eugipo. Escutava-o com respeito, dócil como um filho. Flaciteu, rei dos regues, consultava-o nos empreendimentos arriscados como se ele fosse um oráculo.
Não faltaram sinais do céu para confirmar suas palavras. Um dia a nora de Flaciteu tinha-o convencido, contra a vontade e parecer de S. Severino, a negar a liberdade a alguns prisioneiros. Severino advertiu-o, energicamente, que temesse a ira de Deus. Naquela mesma noite o filho de Flaciteu caiu prisioneiro de outros bárbaros e só conseguiu a liberdade por intermédio de Severino.
Reverenciado e amado pela gente humilde e também por reis e guerreiros, viveu pobremente, sem tirar para si proveito algum das coisas materiais. Vestia-se com a mesma túnica no verão e no inverno, dormia escassas horas de sono estendido sobre a terra, com o cilício apertando-lhe o corpo e, na quaresma, comia apenas uma vez por semana. Morreu no dia oito de Janeiro de 482. Suas relíquias são veneradas em Nápoles.
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