
2º Domingo do Advento
A liturgia do segundo domingo de Advento constitui um veemente apelo
ao reencontro do homem com Deus, à conversão. Por sua parte, Deus está
sempre disposto a oferecer ao homem um mundo novo de liberdade, de
justiça e de paz; mas esse mundo só se tornará uma realidade quando o
homem aceitar reformar o seu coração, abrindo-o aos valores de Deus. Na
primeira leitura, um profeta anónimo da época do Exílio garante aos
exilados a fidelidade de Jahwéh e a sua vontade de conduzir o Povo –
através de um caminho fácil e direito – em direcção à terra da liberdade
e da paz. Ao Povo, por sua vez, é pedido que dispa os seus hábitos de
comodismo, de egoísmo e de auto-suficiência e aceite, outra vez,
confrontar-se com os desafios de Deus. No Evangelho, João Baptista
convida os seus contemporâneos (e, claro, os homens de todas as épocas) a
acolher o Messias libertador. A missão do Messias – diz João – será
oferecer a todos os homens esse Espírito de Deus que gera vida nova e
permite ao homem viver numa dinâmica de amor e de liberdade. No entanto,
só poderá estar aberto à proposta do Messias quem tiver percorrido um
autêntico caminho de conversão, de transformação, de mudança de vida e
de mentalidade. A segunda leitura aponta para a parusia, a segunda
vinda de Jesus. Convida-nos à vigilância – isto é, a vivermos dia a dia
de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-nos na transformação
do mundo e na construção do Reino. Se os crentes pautarem a sua vida por
esta dinâmica de contínua conversão, encontrarão no final da sua
caminhada terrena “os novos céus e a nova terra onde habita a justiça”.
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