sábado, 30 de abril de 2016

Papa Francisco

Acesso às curas para todos

· ​O Papa pediu mais atenção às doenças raras ·

Sensibilização, pesquisa e, sobretudo, acesso aos tratamentos: foi o tríplice itinerário indicado na manhã de sexta-feira, 29 de abril, pelo Papa Francisco para enfrentar o delicado e doloroso problema das chamadas doenças raras, «que dizem respeito a milhões de pessoas em todo o mundo». A ocasião foi a audiência na Sala Paulo VI aos participantes num congresso internacional sobre estas patologias e sobre a medicina regenerativa, o terceiro promovido pelo Pontifício conselho para a cultura desde 2011 com Bento XVI.
Depois de ter denunciado que aos pacientes atingidos por tais doenças «muitas vezes não se presta atenção suficiente porque não se vê um consistente retorno económico dos investimentos», Francisco confidenciou que se encontra continuamente com pessoas atingidas pelo sofrimento. Eis o compromisso triplo indicado pelo Papa. «O primeiro – explicou – é a “sensibilização”». De facto, parece «de fundamental importância promover na sociedade o crescimento do nível de empatia, a fim de que ninguém permaneça indiferente às invocações de ajuda».
A propósito, Francisco disse que está ciente de «que às vezes não é possível encontrar soluções rápidas para patologias complexas», mas – observou com vigor – «pode-se responder sempre com solicitude a estas pessoas, que se sentem abandonadas e descuidadas». Também porque, acrescentou, «a sensibilidade humana deveria ser universal, independente do credo religioso, da classe social ou do contexto cultural».
O segundo aspecto evocado foi a pesquisa. «Hoje mais do que nunca – evidenciou o Papa – sentimos esta urgência educativa». Em particular «no âmbito das ciências da vida e das ciências médicas» são necessários percursos interdisciplinares que reservem «espaço à preparação humana com uma fundamental referência à ética» e «uma constante atenção às questões morais».
Por fim, em relação ao acesso aos tratamentos, Francisco exortou a contrastar «a globalização da indiferença, a globalização da empatia». Como? Tornando «conhecido o problema das doenças raras em escala mundial», investindo «na formação mais adequada», incrementando «os recursos para a pesquisa», promovendo «a adaptação legislativa e a mudança do paradigma económico a fim de que seja privilegiada a pessoa humana». Só assim, concluiu, graças também «ao compromisso coordenado, será possível encontrar soluções para os sofrimentos que afligem os nossos irmãos doentes, e garantir-lhes o acesso às curas».
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